quarta-feira, outubro 27, 2004

Direito à festa, direito a tudo… menos à lucidez?

Direito à festa, direito a tudo… menos à lucidez.

Esta frase resulta de um folhetim \ prospecto que se pode encontrar nas ruas circundantes do campus de Gualtar, que serve para publicitar uma festa do curso de Direito da UM.

Pergunto-me eu, menos à lucidez? Parece-me absurdo que o argumento para um espaço de diversão e convívio seja o álcool. Claro que todos os estudantes, ou quase todos, bebem os seus copos, saem à noite, de grosso modo temos todos uma vida académica muito semelhante, mas daí a fazerem campanha ao e para o álcool parece-me algo exagerado.

Mas o que mais me indigna é o facto de saber que este anuncio pega, é absorvido pelos alunos na mesma proporção que é o álcool, pois serve de desculpa à falta de responsabilidade social e académica, será que não nos conseguimos divertir sóbrios e lúcidos ou será que nesta academia já só se bebe para ficar bêbedo? Não quero ser retrógrado de mais, mas acho que a vida tem mais sentido quando a podemos viver. Quando se reduz uma noite passada com os amigos ao álcool e a meia dúzia de imagens que por mero acaso nos ficaram na retina, resultando apenas no dia seguinte, não uma conversa mais ou menos interessante mas apenas e só uma grande dor de cabeça.

Não sou apologista duma lei seca como Manuel Braga da Cruz, Reitor da Católica, porém acho que a moderação e o melhor que a embriaguês.

Bebam, mas sejam responsáveis, bebam com moderação, construam relações que se possam lembrar no dia seguinte.

E se querem um conselho, caros colegas de Direito, na próxima tentem outro argumento ou slogan, que tal:

DIREITO À FESTA, DIREITO A TUDO… MENOS À INDISPOSIÇÃO