segunda-feira, janeiro 24, 2005

Poder de compra bipolarizado

Um estudo sobre o Poder de Compra Concelhio realizado pelo Instituto Nacional de Estatística, revela, hoje, que Lisboa e Porto registam os níveis mais altos de poder de compra per capita. Este estudo teve por base indicadores que constituíram informação à escala concelhia.
O estudo levado a cabo pelo INE, que confirmou o maior poder de compra dos aglomerados urbanos verteu sobre os seguintes indicadores: Indicador per capita; Percentagem de poder de compra e o Factor Dinamismo Relativo.
Análise do poder de compra
A análise do poder de compra per capita revela-nos níveis de realidades distintas, a já conhecida assimetria entre litoral e interior e a oposição cada vez mais clara dos concelhos urbanos integrados nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e das cidades médias do interior, em relação aos concelhos rurais e periféricos.
No top ten dos concelhos com maior poder de compra, situam-se quatro na Grande Lisboa, dois no Grande Porto, dois no litoral algarvio, Coimbra e Aveiro.
Do lado inverso encontramos concelhos inseridos no interior ou regiões autónomas, Ribeira de Pena (distrito de Vila Real), Penalva do Castelo (distrito de Viseu), Câmara de Lobos (Madeira) são alguns exemplos, a excepção é Celorico de Basto (distrito de Braga).
Analisando por regiões, a região Lisboeta abarca cerca de 40% do poder de compra, segue-se o Norte com 30%, o Centro com 18% e o Sul (Alentejo e Algarve) a rondar os 10%.
Este estudo vem revelar grandes disparidades no nosso país e a tendência crescente para a bipolarização, curioso verificar que 6% dos concelhos do nosso território possuem metade do poder de compra nacional.