terça-feira, fevereiro 15, 2005

DIÁRIO DA CAMPANHA


O PSD suspendeu a sua campanha no dia de ontem, em virtude do falecimento da irmã Lúcia.


O CDS PP também suspendeu a sua campanha, em virtude do sucedido.


O plano tecnológico esteve ontem em foco no dia de campanha do partido socialista. A video-conferência realizada no Europarque de Santa Maria da Feira, acabou por ser a única actividade do dia, com enfoque especial para o plano tecnológico.

José Sócrates, reforçou a importância e abrangência do plano tecnológico, realçando que não se trata meramente de um slogan político. O líder socilaista defendeu o papel do Estado neste plano, que deve tentar mobilizar ao máximo as pessoas, incutindo-lhes confiança, deveras perdida com o "discurso da tanga" de Durão Barroso.
O Estado será um dos agentes do plano, mas terá a função de mobilizar as familias e as empresas.

O dia de ontem, foi um dia pouco intenso, a campanha de rua foi inclusive suspensa, o facto do PSD e CDS PP terem suspendido as respectivas campanhas contribuíu para tal arrefecimento.


As críticas ao Bloco de Esquerda fizeram ontem ouvir-se no seio dos comunistas. Num almoço com "intelectuais" em Lisboa, onde a ausência mais notada foi a de José Saramago, Jerónimo de Sousa acusou o Bloco de Esquerda de estar a receber pessoas zangadas com a vida. Jerónimo tentou assim desdramatizar o apoio de antigos comunistas ao Bloco.

Relativamente à ausência de Saramago, o líder comunista não se mostrou preocupado, "tenho o apoio dele, claro. Aliás, quando ele vier a Portugal teremos uma conversa informal", referiu.
Pelo contrário a presença em destaque foi a de Carvalho da Silva, que apelou ao voto na CDU a fim de evitar uma maioria absoluta do PS. A presença de Carvalho da Silva veio impulsionar a unificação dos trabalhadores em torno do partido comunista.


O dia do Bloco de Esquerda foi ontem passado em Braga, distrito onde o BE tem como objectivo eleger um deputado, o cabeça de lista Pedro Soares.

O dia incluiu uma visita ao hospital de São Marcos, onde Francisco Louçã aproveitou para denunciar o negócio que envolve a construção do novo hospital em Braga, em regime de parceria público privada. Louçã considerou a cláusula do contrato da empresa com o serviço público totalmente inaceitável.

O momento mais apoteótico do dia, viria a ser no parque de exposições, onde mais de 700 pessoas compareceram para o comício, onde Ana Drago e Pedro Soares abriram as hostes, com críticas intensas às políticas de direita e aos respectivos líderes. Ana Drago enunciou que o CDS PP está desesperado por ir para o governo, querendo uma coligação a qualquer custo, com qualquer parceiro.

Francisco Louçã não poupou críticas à direita, mas também aos socialistas e em especial a Mesquita Machado, o qual permanece no poder à diversos mandatos. Foi na contestação a Mesquita Machado que a plateia presente mais exuberou.
O comício foi encerrado com a actuação do também bloquista Pedro Abrunhosa.