sexta-feira, fevereiro 25, 2005

O futuro dos profissionais de Comunicação Social em debate na Universidade do Minho

O que fazer depois da licenciatura? Por certo, foi a resposta a esta questão que os alunos de Comunicação Social da Universidade do Minho procuraram obter no debate sobre o futuro profissional dos licenciados em comunicação social, que decorreu na UM, na passada quarta-feira.

Perante uma sala repleta de alunos e professores, o painel de convidados, orfão à última hora do jornalista da RTP1 e antigo docente da UM, Carlos Daniel, o qual foi substituído pelo pivot da mesma estação, João Fernando Ramos, juntamente com Eduardo Madureira do Público, Joaquim Fidalgo, docente da universidade e jornalista e Luís Santos do JN e igualmente docente da UM, passaram à plateia incentivos, crença na empregabilidade e optimismo perante o futuro.

Joaquim Fidalgo, começou por desdramatizar a suposta falta de emprego na área jornalística, referindo que também os outros cursos passam por situação idêntica, exceptuando medicina e informática. Segundo o professor, os media estão em constante inovação e renovação, será necessário renovar e alargar redacções e um "boom" no emprego tal como se verificou entre 92 - 95 pode voltar a registar-se.
Joaquim Fidalgo valorizou a marca da universidade "o prestígio da universidade pode facilitar a empregabilidade dos seus alunos" e neste campo a UM está bem posicionada. Outro factor importante, é a competência e conhecimento do estagiário em diversas áreas, "por vezes um bom conhecimento em economia ou justiça, pode fazer a diferença", realça o docente da UM.

Após a intervenção de Joaquim Fidalgo, a directora de curso dirigiu-se para a plateia, invocando que a taxa de empregabilidade do curso de comunicação social na UM é de 95%, facto que exuberou o grosso de alunos ali presentes.

João Fernando Ramos, destacou a importância do jornalismo local, "começar com pequenos projectos que podem vir a ser grandes", dando como exemplo o seu percurso antes de ingressar na RTP, um estudante de Direito, que começou por trabalhar na rádio da escola, que se tornou locutor de uma rádio profissional sem ostentar o diploma.

Educação para os media, com o projecto "Público na Escola", foi o mote da intervenção de Eduardo Madureira, focando como objectivos deste projecto: fomentar o jornalismo escolar; ajudar a ler mais críticamente os meios de comunicação social e fazer a ponte entre o jornalismo e a literatura, "escrever bem, não cometer erros ortográficos, é muito importante para um profissional de jornalismo", refere o jornalista do Público.

A importancia da internet e a emergência do jornalismo on-line foi realçada por Luís Santos, que incentivou os alunos a criarem o seu jornal na net. Luís Santos, alertou o aluno para estar atento à actualidade, aos espaços noticiosos, tentar cultivar-se ao máximo, pois no mercado de trabalho isso poderá pesar a seu favor.

Após a intervenção dos oradores, abriu-se um espaço de debate, com os alunos a colocarem diversas questões, desde o salário médio de um jornalista; os problemas de um estagiário; o ambiente das redacções; a necessidade de uma ordem de jornalistas, entre outros temas.

Após três horas de conversa, o debate promovido pelo Gabinete de Imprensa de Guimarães em parceria com o Departamento de Ciências da Comunicação da UM findava, deixando nos alunos uma maior esperança e confiança no futuro.