quarta-feira, março 16, 2005

Neurocirurgião francês ensina técnica inovadora a médicos portugueses

A deslocação do neurocirurgião francês Olivier Delalande a Portugal tem como principal objectivo passar aos colegas de profissão o conhecimento de uma técnica cirúrgica inovadora de grande eficácia em doentes epilépticos.

No final da década de 1990 Delalande, médico no hospital Rothchild (Paris) e professor universitário, criou esta técnica, razão pela qual grande parte dos doentes epilépticos portugueses deslocavam-se a França, motivados pelas percentagens de casos em que ela foi aplicada com êxito, fazendo com que cessassem as crises epilépticas.
Bastante complexa, a técnica tem a vantagem de ser menos invasiva do que outras cirurgias da epilepsia. No entanto, só é aplicável às manifestações mais graves de epilepsia – designadas refractárias – que não respondem a medicação e em que os doentes chegam a sofrer 4 a 5 crises por dia, necessitando mesmo de usar capacetes para auto-protecção.

O neurocirurgião encontra-se em Coimbra (onde participou no 17º encontro Nacional de Epileptologia), e este mês vai aplicar a técnica a doentes epilépticos naquela cidade, sendo estes dois adultos e duas crianças.
Além de Delalande, integra a equipa que irá proceder às intervenções Francisco Sales (neurologista e neurofisiologista dos HUC, Hospitais da Universidade de Coimbra), o neurocirurgião Fernando Gomes (do grupo de Cirurgia da Epilepsia dos HUC) e José Augusto e Conceição Robalo (respectivamente neurocirurgião e neurofisiologista do HCP, Hospital Pediátrico de Coimbra).

Francisco Sales, ao evidenciar o “ apoio total ” concedido pelo conselho de administração dos HUC à estada do neurocirurgião francês em Coimbra, salientou a importância desta cooperação com centros internacionais de excelência no domínio da cirurgia da epilepsia.
A principal carência nesta área é a falta de unidades de monitorização em número suficiente para investigar todos os doentes necessários, sendo que só cerca de metade dos doentes monitorizados vêm a ser candidatos a cirurgia.

1 Comments:

At 2:14 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Acho de que os médicos em relação a esta doença, não deviam medir esforços a nivel mundial" de facto é uma doença que atinge milhões de pessoas" era de muito mais proveito de que andarem com guerras, pois estas não contribuiem para nada, a não ser para se alargar mais ódio entre humanos de todas as raças!!!...

 

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