terça-feira, fevereiro 21, 2006

AS FIGURAS DA OPA

Estas são as peças do tabuleiro. O jogo, melhor, a OPA será discutida por 5 ases

Ricardo Salgado, Presidente do BES
César Alierta, Presidente da Telefónica
Horta e Costa, Presidente do Grupo PORTUGAL TELECOM
José Sócrates, Primeiro - Ministro
Belmiro de Azevedo, Presidente do Grupo SONAE

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Polícia Judiciária no 24 horas

A redacção do diário 24 horas foi, ontem, passada a pente fino pelos agentes da PJ. Os jornalistas do periódico viram-se obrigados a abandonarem os seus postos durante algumas horas, para que a "vistoria" pudesse ser feita.

O "Envelope 9" está para durar.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Liberdade de expressão versus Respeito pelas religiões

Artur Monteiro: O homem e o profissional

Queria pilotar aviões, mas é o mundo do desporto que o vê voar. Oriundo de uma família humilde, Artur Monteiro, o actual Director Executivo da Sociedade Anónima Desportiva do S.C. Braga, nasce no centro desta cidade minhota, na freguesia de S. Lázaro, em 1952.

Passa uma infância alegre, em S. João do Souto, sempre afeiçoado à sua cidade natal. É nela que ainda reside, na freguesia de S. Vicente.
Desde cedo se apercebe da sua vocação para o andebol, o que o leva, aos 12 anos, a trocar o sonho de criança pelo ingresso na equipa de andebol do S.C. Braga. “A vida modificou o meu sonho”, sublinha. Dedica-se a essa modalidade até aos 30 anos, interrompendo-a para fazer rádio, pelo período de um ano. Regressa ao clube, desta vez para ocupar a função de director de departamento do ABC.

O percurso do ABC, durante os catorze anos em que Artur Monteiro exerce actividade, é absolutamente notável. Logo no primeiro ano, a equipa conquista o titulo de campeã nacional, ao qual se acrescentarão mais nove títulos, oito Supertaças e nove taças de Portugal. A sua passagem pelo andebol é enriquecida com os quatro anos como coordenador na Federação Portuguesa de Andebol. “É boa pessoa, simpático e comunicativo. É alguém com muito talento”, afirma Alexandre Guerreiro, o operador de câmara do S.C. Braga.
As suas aspirações profissionais não passam, no entanto, exclusivamente pelo universo desportivo. Ainda jovem, tira o curso de Mecanotécnia e o curso superior de Orientação Educativa, na Universidade Católica.

Considera-se uma pessoa alegre, com um sentido de ironia apurado e tem uma tertúlia de amigos com quem gosta de partilhar bons momentos. É docente de Educação Visual na Escola EB23 de Guimarães, há 20 anos, onde exerce a actividade de director de turma. Já exerceu um lugar de gestão no Conselho Executivo. Confessa a sua afeição ao ensino.

Durante os anos em que está ligado ao andebol, é-lhe particularmente difícil passar o tempo desejado com a família. Pai de dois filhos - Artur e João - diz ser agora uma figura muito mais presente nas suas vidas. No que concerne ao seu relacionamento com a equipa do S.C. Braga, Artur Monteiro revela adoptar uma postura de interacção constante e atenta, com sensibilidade e pedagogia, assente num comportamento alegre e responsável.
Por: Leandra Vieira e Stéphane Pires

Perfil de Mário Sequeira: Retrato numa aguarela


O gosto pelas Belas Artes é uma alusão constante. Mário Sequeira, o homem da galeria a que dá o seu nome, descobre, ainda criança, o mundo sublime da criação artística, através das aguarelas que ele próprio pinta. A sua galeria, verdadeiro património estético, é um orgulho que se propõe dar a conhecer.

Em criança sonha e pinta. As aguarelas são a primeira alusão a um amante da arte. E se de arte se faz o homem, a figura de Mário Sequeira está nela revestida. Como uma tela gerada com o intuito de nunca se acabar, que se prolonga no tempo infinito, conferindo à própria vida esse sentido de criação permanente.
Nasce em Braga, a 20 de Julho de 1951, onde até hoje fixa residência. Tem uma infância feliz,na companhia dos pais e do irmão. Estuda no liceu Sá de Miranda até à ida para a Universidade, para o Porto. Ingressa no curso de medicina, sabendo que é no mundo da arte que reside a sua vontade. Ao fim de seis anos, regressa à cidade Natal, especializando-se em cardiologia, entre Braga, Porto e Bordéus. Opta por medicina, mediante uma sociedade conservadora que desvirtua o caminho de tão sublime opção estética, as Belas Artes. Não renegando a sua paixão, a arte é um prazer inato que nunca deixa de abraçar. Continua a pintar, aguarelas que vende ou que troca por móveis. É o amor que o inspira.

Acabada a especialização, monta, em Braga, a sua primeira galeria, a galeria "Forma", no edifício de S.Lázaro. Em 1994, transfere-a para uma quinta em Tibães, Braga, para os fundos da casa, outrora pertencente aos seus avós. Dá-lhe o nome de galeria Mário Sequeira, sendo nessa casa que actualmente reside. Em 2002, constrói nessa quinta um novo espaço. A cidade é palco de uma das mais belas galerias de arte contemporânea. "Quando me comecei a dedicar à arte foi por gosto, pelo verdadeiro sentimento. Foi o interesse estético que me moveu, não o comercial. O resultado está patente no reconhecimento deste espaço, desta obra de arte", revela.
Tem, com aquele espaço, uma forte ligação afectiva. A casa de família fora uma quinta agrícola, que Mário Sequeira transforma num esplêndido bosque, com a imponência das suas árvores e o tapete verde que circunda a galeria. "É um amante da arte, alegre e divertido. Sente-se muito bem nesta galeria, gosta muito dela. De facto, o espaço é maravilhoso", declara Francine Sampaio, funcionária da galeria.
Não obstante, sente necessidade de sair, de visitar outros países, outras culturas, que lhe asseguram um conhecimento permanente e global da realidade artística. Confessa um fascínio especial pelo Brasil.

Conhecer Mário Sequeira é, portanto, conhecer este universo de magnetismo e de revelação constante. É descobrir o homem que estende o seu amor às demandas da medicina, um amor estabilizado e maduro, de todo menos verdadeiro. Grande parte dos dias, divide-os entre o seu laboratório de cardiologia - já exerceu actividade no hospital de S.Marcos - e o escritório de arte, guarnecido de livros. Não reconhece um lugar comum entre a medicina e a arte: "Quando saio do consultório, quando dispo a bata branca sou outra pessoa".
De personalidade estável, diz-se um apaixonado: "Tenho de ter sempre uma motivação que me apaixone, uma motivação estética. A arte é qualquer coisa que uma pessoa vive e gosta, que admira e aprecia. A arte é criação. Os conceitos são muito abertos e subjectivos". Para Mário Sequeira, a relação humana é uma exaltação fundamental, de tal modo que com os artistas tem ligações de forte afectividade. É um princípio de valor que estabelece na base do companheirismo e do saber estar bem. Como o próprio nome indica- Mário Sequeira - o homem, a galeria e o artista são, na sua existência, indissociáveis.
Por: Leandra Vieira e Stéphane Pires

Lobbies...estão por todo o lado

Lobbies...e mais lobbies. Estão por todo o lado, em todos os sectores de actividade, por toda a sociedade. Da mais ínfima entidade à mais monumental. Na política, no desporto, no ensino, na cultura, na economia. Há sempre um lobby que condiciona uma determinada esfera. Por mais pequeno que possa ser, ele está presente, sob a forma de figura, personalidade, conjuntura, sucessão de factos. Nem sempre é facilmente decifrável. Apercebemo-nos mais espontaneamente do efeito do lobby do que da sua "identidade". Existem também os lobbies que o são, sem terem noção disso, são usados como tal, para servirem outros lobbies, uma espécie de máscara que mantém os verdadeiros no anonimato.

Os lobbies podem exercer um efeito directo, condicionando e manipulando, usando todo um jogo de poder, persuasão e influência. Ou podem exercer um efeito semi-directo, pelas suas posições podem criar pressão psicológica sobre outros agentes...sem fazerem nada por isso, apenas por aquilo que são, pelas suas características, historial, enfim, estatuto.
Os lobbies andam por aí, é, só, necessário estarmos atentos, na empresa, na universidade, na associação...