sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Associação Cultural bracarense " Velha-a-Branca" recorda Zeca Afonso


Zeca Afonso morreu à 18 anos. Em sua homenagem, a Associação Cultural “Velha-a-Branca”, em Braga, dedicou esta semana ao consagrado artista da revolução. Na passada quarta-feira “As conversas no tanque”, actividade da “Velha” trouxeram à memória Zeca Afonso, tendo como convidados, amigos próximos de Zeca, em especial o cantor e compositor, também ele da Revolução, Tino Flores.

Tino Flores não se coibiu de realçar o génio que foi Zeca Afonso, com o qual conjugava uma dimensão enorme de cidadania, “genialidade musical e cidadania plena”.
Um artista e um homem que nunca deixou de lutar por aquilo em que acreditava, fez o jogo entre a legalidade e a ilegalidade, foi excomungado pela igreja antes do 25 de Abril por ter uma ideia própria daquilo que deveria ser a igreja. Participou em tudo aquilo que seria a conspiração geral para mudar a situação do país antes da Revolução.

Zeca Afonso, na voz dos seus amigos, sempre teve um enorme espírito de companheirismo e associativismo, inclusive, os ganhos provenientes da actividade exercida noutros países, revertia a favor de instituições culturais e recreativas, “Grândola” foi criada nestas condições.
Tino Flores afirma hoje aquilo que Zeca Afonso sempre afirmou, “o associativismo é um dos pilares mais importantes da democracia”.

Para Tino Flores, o seu amigo Zeca possuía uma dimensão artística, humana, cívica e política extraordinárias, de uma raridade. Tinha uma capacidade criativa muito própria, na sua música, operou uma fusão entre ritmos tradicionais portugueses e influências africanas.
Terminada a conversa, Tino Flores, Paulo Sampaio e Botelho reeditaram grandes êxitos do “artista de intervenção” fazendo florescer o saudosismo, a nostalgia, as memórias dos presentes naquela sala, que viveram a ditadura e a revolução.

O futuro dos profissionais de Comunicação Social em debate na Universidade do Minho

O que fazer depois da licenciatura? Por certo, foi a resposta a esta questão que os alunos de Comunicação Social da Universidade do Minho procuraram obter no debate sobre o futuro profissional dos licenciados em comunicação social, que decorreu na UM, na passada quarta-feira.

Perante uma sala repleta de alunos e professores, o painel de convidados, orfão à última hora do jornalista da RTP1 e antigo docente da UM, Carlos Daniel, o qual foi substituído pelo pivot da mesma estação, João Fernando Ramos, juntamente com Eduardo Madureira do Público, Joaquim Fidalgo, docente da universidade e jornalista e Luís Santos do JN e igualmente docente da UM, passaram à plateia incentivos, crença na empregabilidade e optimismo perante o futuro.

Joaquim Fidalgo, começou por desdramatizar a suposta falta de emprego na área jornalística, referindo que também os outros cursos passam por situação idêntica, exceptuando medicina e informática. Segundo o professor, os media estão em constante inovação e renovação, será necessário renovar e alargar redacções e um "boom" no emprego tal como se verificou entre 92 - 95 pode voltar a registar-se.
Joaquim Fidalgo valorizou a marca da universidade "o prestígio da universidade pode facilitar a empregabilidade dos seus alunos" e neste campo a UM está bem posicionada. Outro factor importante, é a competência e conhecimento do estagiário em diversas áreas, "por vezes um bom conhecimento em economia ou justiça, pode fazer a diferença", realça o docente da UM.

Após a intervenção de Joaquim Fidalgo, a directora de curso dirigiu-se para a plateia, invocando que a taxa de empregabilidade do curso de comunicação social na UM é de 95%, facto que exuberou o grosso de alunos ali presentes.

João Fernando Ramos, destacou a importância do jornalismo local, "começar com pequenos projectos que podem vir a ser grandes", dando como exemplo o seu percurso antes de ingressar na RTP, um estudante de Direito, que começou por trabalhar na rádio da escola, que se tornou locutor de uma rádio profissional sem ostentar o diploma.

Educação para os media, com o projecto "Público na Escola", foi o mote da intervenção de Eduardo Madureira, focando como objectivos deste projecto: fomentar o jornalismo escolar; ajudar a ler mais críticamente os meios de comunicação social e fazer a ponte entre o jornalismo e a literatura, "escrever bem, não cometer erros ortográficos, é muito importante para um profissional de jornalismo", refere o jornalista do Público.

A importancia da internet e a emergência do jornalismo on-line foi realçada por Luís Santos, que incentivou os alunos a criarem o seu jornal na net. Luís Santos, alertou o aluno para estar atento à actualidade, aos espaços noticiosos, tentar cultivar-se ao máximo, pois no mercado de trabalho isso poderá pesar a seu favor.

Após a intervenção dos oradores, abriu-se um espaço de debate, com os alunos a colocarem diversas questões, desde o salário médio de um jornalista; os problemas de um estagiário; o ambiente das redacções; a necessidade de uma ordem de jornalistas, entre outros temas.

Após três horas de conversa, o debate promovido pelo Gabinete de Imprensa de Guimarães em parceria com o Departamento de Ciências da Comunicação da UM findava, deixando nos alunos uma maior esperança e confiança no futuro.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Santana Lopes não tem intenção de se recandidatar à liderança do PSD




Santana Lopes anunciou ontem, dia 23, a intenção de não se recandidatar à liderança do PSD. O líder partidário que vai continuar em funções até ao congresso extraordinário que será realizado nos dias 15, 16 e 17 de Abril.

O líder do PSD disse, ainda, que o facto de ter entrado "a meio" da governação e da liderança do PSD e de ter que disputar eleições a meio de um ciclo político, eram motivos suficientes para não desistir, porém o dever leva-o a não se recandidatar à liderança do partido.

Passados dois dias das eleições legislativas que deram 28,7 por cento dos votos ao PSD e a maioria absoluta ao PS, Pedro Santana Lopes encara não como “uma obrigação, mas como um dever”, afirmou ainda aos jornalistas que "faz sentido começar um tempo novo com outro líder".

Pedro Santana Lopes afirmou não tencionar abandonar a vida política porque, disse: "Não sou tão novo que possa mudar de vida nesta idade, tenho muito orgulho em fazer política", o que não revelou foi a forma como prosseguirá na política. "A ver vamos, será um tempo de pausa, de distanciamento", disse.

Sobre a questão de se candidatar à Presidência da Republica, voltar para a Câmara de Lisboa, assumir o mandato de deputado, Pedro Santana Lopes não se quis pronunciar, afirmando não ter tomado nenhuma decisão.



Fonte: Jornal Público
http://jornal.publico.pt/noticias.asp?id=8333&sid=870

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

DIÁRIO DA CAMPANHA

O dia de ontem ficou marcado pelo debate televisivo entre os 5 líderes políticos

Debate intenso e reticente quanto ao futuro político


Um debate com intensidade e confrontos, onde pontificou Santana Lopes, quer com Sócrates, quer com Louçã, mas um pouco vago em ideias e propostas, foi o que nos proporcionaram os cinco líderes com assento parlamentar.Este debate viria a ficar marcado pelo abandono precoce de Jerónimo de Sousa, que devido a uma rouquidão, não conseguiu expressar-se convenientemente, vindo-se obrigado a abandonar o debate a meio.

O debate de ontem, transmitido na RTP 1 e moderado por Judite Sousa e José Alberto Carvalho, veio solidificar as estratégias e intenções dos candidatos. Pedro Santana Lopes, apresentou-se, mais uma vez numa posição de defesa, perante os ataques de José Sócrates e Francisco Louçã, focando o abandono do PS do governo em Dezembro de 2001 e criticando a decisão de dissolução da Assembleia da República que o impediu de terminar a legislatura.

Já José Sócrates insistiu na crise económica em que o país se encontra, culpando a coligação e em especial Santana Lopes pelo aumento do desemprego, do endividamento das famílias, do decréscimo da economia nacional em relação à média europeia. Por seu lado, acabou por não apresentar propostas muto concretas, em especial na criação de emprego e na idade da reforma.

Paulo Portas, apresentou-se com uma postura muito serena, como garante da estabilidade, um partido de governo, apresentando inclusive nomes para as diversas pastas, educação, finanças, economia, saúde. Apareceu bastante confiante nas possibilidades do CDS PP e desmarcou-se ainda mais do parceiro de coligação, mantendo no entanto o acordo firmado, " acordos são para cumprir", refere Portas.

Francisco Louçã, acabou por marcar um dos momentos mais empolgantes do debate, ao apresentar um despacho público, onde apresentava a fusão de três bancos(Santander, Crédito Predial e Totta), do mesmo grupo, que beneficiou de isenção do Estado, um imposto a rondar os 2 milhões de euros. Isto surpreendeu completamente Sanatana Lopes que no intervalo aproveitou para ligar a um assessor, que lhe forneceu um caso idêntico protagonizado pelo governo de Guterrres.

Jerónimo de Sousa, foi o grande prejudicado do debate, acabou por fazer apenas duas intervenções, defendendo a indústria têxtil que está em risco de perder cerca de 75 mil trabalhadores.

Relativamente a cenário governamentais pós-eleições, o líder do PS manteve a sua recusa em falar em cenários que não seja o da maioria absoluta, desmentui também um possível acordo com Louçã e o BE, suscitado por Santana Lopes. Francisco Louçã reafirmou a intenção de não ser governo, mas admitiu "acordos políticos" com o PS.

A direita, mostrou-se disposta a cumprir o acordo entre ambos os patidos, mas Paulo Portas acabou por esconder o jogo caso tenha mais de 10% e o Partido Socialista seja o vencedor.

Doutoramento de Chissano no aniversário da UM

A Universidade do Minho (UM), situada em Braga e Guimarães, celebra amanhã 31 anos de existência. A cerimónia decorrerá, pelas 10 horas, no Salão Medieval da Reitoria da Universidade, no Largo do Paço, em Braga.

Esta cerimónia será presidida por Jorge Sampaio, e contará também com a atribuição do doutoramento honoris causa ao antigo presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano. A atribuição deste doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais ao ex-presidente, é a prova do reconhecimento do trabalho desenvolvido por Chissano em prol da paz, da democracia e do desenvolvimento dos países africanos. O antigo presidente português, Mário Soares, será o padrinho apresentante de Chissano nesta cerimónia.

À intervencão de Jorge Sampaio seguir-se-ão a entrega das cartas autorais aos novos doutores da UM e dos prémios escolares, assim como a entrega da medalha da Universidade do Minho aos seus funcionários mais antigos.

Entretanto, a Câmara de Braga atribui, também amanhã, o Prémio Doutor Francisco Salgado Zenha a Marco Filipe Carvalho Gonçalves, melhor aluno da licenciatura em Direito, ministrada pela Universidade do Minho.
Fonte: JN

terça-feira, fevereiro 15, 2005

DIÁRIO DA CAMPANHA


O PSD suspendeu a sua campanha no dia de ontem, em virtude do falecimento da irmã Lúcia.


O CDS PP também suspendeu a sua campanha, em virtude do sucedido.


O plano tecnológico esteve ontem em foco no dia de campanha do partido socialista. A video-conferência realizada no Europarque de Santa Maria da Feira, acabou por ser a única actividade do dia, com enfoque especial para o plano tecnológico.

José Sócrates, reforçou a importância e abrangência do plano tecnológico, realçando que não se trata meramente de um slogan político. O líder socilaista defendeu o papel do Estado neste plano, que deve tentar mobilizar ao máximo as pessoas, incutindo-lhes confiança, deveras perdida com o "discurso da tanga" de Durão Barroso.
O Estado será um dos agentes do plano, mas terá a função de mobilizar as familias e as empresas.

O dia de ontem, foi um dia pouco intenso, a campanha de rua foi inclusive suspensa, o facto do PSD e CDS PP terem suspendido as respectivas campanhas contribuíu para tal arrefecimento.


As críticas ao Bloco de Esquerda fizeram ontem ouvir-se no seio dos comunistas. Num almoço com "intelectuais" em Lisboa, onde a ausência mais notada foi a de José Saramago, Jerónimo de Sousa acusou o Bloco de Esquerda de estar a receber pessoas zangadas com a vida. Jerónimo tentou assim desdramatizar o apoio de antigos comunistas ao Bloco.

Relativamente à ausência de Saramago, o líder comunista não se mostrou preocupado, "tenho o apoio dele, claro. Aliás, quando ele vier a Portugal teremos uma conversa informal", referiu.
Pelo contrário a presença em destaque foi a de Carvalho da Silva, que apelou ao voto na CDU a fim de evitar uma maioria absoluta do PS. A presença de Carvalho da Silva veio impulsionar a unificação dos trabalhadores em torno do partido comunista.


O dia do Bloco de Esquerda foi ontem passado em Braga, distrito onde o BE tem como objectivo eleger um deputado, o cabeça de lista Pedro Soares.

O dia incluiu uma visita ao hospital de São Marcos, onde Francisco Louçã aproveitou para denunciar o negócio que envolve a construção do novo hospital em Braga, em regime de parceria público privada. Louçã considerou a cláusula do contrato da empresa com o serviço público totalmente inaceitável.

O momento mais apoteótico do dia, viria a ser no parque de exposições, onde mais de 700 pessoas compareceram para o comício, onde Ana Drago e Pedro Soares abriram as hostes, com críticas intensas às políticas de direita e aos respectivos líderes. Ana Drago enunciou que o CDS PP está desesperado por ir para o governo, querendo uma coligação a qualquer custo, com qualquer parceiro.

Francisco Louçã não poupou críticas à direita, mas também aos socialistas e em especial a Mesquita Machado, o qual permanece no poder à diversos mandatos. Foi na contestação a Mesquita Machado que a plateia presente mais exuberou.
O comício foi encerrado com a actuação do também bloquista Pedro Abrunhosa.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

DIÁRIO DA CAMPANHA

O ResPublica fará diáriamente o rescaldo desta última semana de campanha eleitoral

A caravana do PSD atracou ontem no Minho. Num dia intenso, com comícios em Viana do Castelo, Guimarães e Cabeceiras de Basto, os sociais democratas insistiram na valorização do cargo de Presidente da Comissão Europeia, ocupado por Durão Barroso, realçando o facto para o partido,"único partido que deu a Portugal um presidente da Comissão Europeia" e que fez com que Portugal "tivesse ganho essa corrida contra outros países europeus".

Santana Lopes atacou mais uma vez a decisão de Jorge Sampaio em dissolver a Assembleia da República, alegando pressões por parte da banca, visto ter sido o PSD a cobrar mais impostos à banca. O líder do PSD aproveitou também para espicaçar o PS, referindo que há um sistema montado para que sejam os socialistas a ganhar.

A ausência de notáveis do partido voltou a ser discutida, já em Guimarães, Luís Filipe Menezes desdramatizou a questão, afirmando que são quatro ou cinco que estão contra Santana, os mesmos que estiveram contra Pinto Balsemão e Cavaco Silva aquando das suas campanhas. O cabeça de lista por Braga acabou a sua intervenção de forma hilariante, incentivando os apoiantes presentes no comício a "declararem" uma enorme gargalhada relativamente ao pedido de maioria absoluta do PS, "vamos todos rir... Ah, ah ah!".

Foi na cidade vimaranense no comício da tarde, que se verificou o apoio mais entusiástico e emotivo a Santana Lopes e foi aqui que o ainda primeiro-ministro insistiu mais em palavras de consentimento, incitando uma vaga de apoio dos mais diversos quadrantes que consiga alterar a situação actual das sondagens, dando a vitória ao PSD no sufrágio.
BOM: Onda de apoio em Guimarães, com gritos de incentivo de vários populares.
MAU: A constante contestação de Santana Lopes à decisão de Jorge Sampaio.

José Sócrates e o PS passaram o Domingo de campanha no Porto. A tónica do discurso socialista voltou a recaír no pedido de maioria absoluta, desta vez foi o eurodeputado Francisco Assis a dar o mote. O dia foi bem menos preeenchido do que o do PSD, apenas um comício estava agendado, ao fim da tarde na praça D. João I.

Foram muitos os oradores do comício, Rosa Mota, o cabeça de lista Braga da Cruz, Carlos César, líder do governo regional dos açores, Francisco Assis, para além de Sócrates.
Assis foi o que mais implicitamente apelou à maioria absoluta, apelidou a presente campanha de"infâme" e considerou que o único objectivo de Santana Lopes é impedir a maioria absoluta do PS, pois já tem na mira a derrtota.

Carlos César, prosseguiu nas críticas a Santana e ao governo, um conjunto de trapalhadas no entender do líder açoreano. Apelou a que os continentais façam o mesmo que os açoreanos fizeram, dar a maioria absoluta ao PS para assim alcançarmos estabilidade.

Já Sócrates, realçou o apoio prestado pelos ex-líderes do partido à sua campanha, contrastando com a situação do seu rival político. Reforçou a ideia da "Esquerda Moderna", focando muitos aspectos marcadamente sociais no seu discurso, tal como a pobreza ou o desemprego. Perante a plateia, Sócrates realçou uma vez mais, a posição de um líder sério, rigoroso, mas talves demasiado mecanizado, com pouco improviso.
BOM: A presença de representantes socialistas nos discursos, todos lutando pelo objectivo da maioria.
MAU: Um discurso um pouco repetitivo, faltam argumentos novos.

O extâse do dia de campanha do CDS PP, deu-se em Lisboa, num almoço comício com mais de 3000 apoiantes, o Partido Popular voltou a emonstrar uma grande onda de apoio nas grandes cidades,depois do comício inaugural no Porto, no Palácio de Cristal, com cserca de 5000 apoiantes.Portas apelou mais uma vez ao voto dos indecisos e assentou o seu discurso no bom desempenho governativo.
Portas apresentou-se como garante de estabilidade, coerência e serenidade, pedindo aos eleitores que votem no CDS PP para pelo menos impedir a maioria absoluta dos socialistas. O cabeça de lista por Lisboa, foi mais longe, afirmando a crença no grande crescimento do CDS PP, com o objectivo de torná-lo no maior partido nacional.
Foi notório em ambos os discursos, o cada vez maior afastamento entre populares e sociais democratas, há um apelo ao eleitorado tradicionalmente favorável ao PSD. Depois do almoço em Lisboa, a caravana seguiu para a Guarda.
BOM: Multidão na FIL em Lisboa para o comício e transmisão de confiança nos discursos.
MAU: Crença um pouco exacerbada em si próprio, descurando o parceiro de coligação.

O dia de ontem da CDU decorreu no Alentejo e Ribatejo, terrenos tradicionalmente favoráveis aos comunistas. As criticas ao PS e à sua política neo liberal fizeram-se ouvir. Jerónimo de Sousa mostrou omtem toda a sua simpatia e facilidade de inserção no povo.

Depois de passar a manhã no mercado de Santarém e na Chamusca, o almoço foi em Almeirim, onde o líder comunista não coíbiu de criticar o programa do PS e em especial a questão da regionalização, proposta pelos socialistas, apenas para 2010.

Mais tarde em Beja, Jerónimo responde a António Costa que se mostrou contra uma coligação com os comunistas. O líder do PCP respondeu deixando uma questão no ar:"Seria má uma parceria em que defenderíamos uma nova política fiscal, através do combate à fraude e fuga fiscal, não da sardinha mas dessa grande rede que tem deixado passar os grandes tubarões?".
BOM: A simpatia e contacto com o povo.
MAU: Alimentar algumas propostas irrealizáveis e ultrapassadas.

A campanha do Bloco de Esquerda no Funchal, foi marcada pela polémica declaração de Paulo Portas "Portugal voltou a estar à frente do seu tempo quando não permitiu a despenalização do aborto no fim do século XX". Esta declaração suscitou a resposta de Helena Pinto, que recuso comparar a o aborto à pena de morte. Também Francisco Louçã reagiu, reafirmando que Portugal é o único país na Europa são perseguidas e julgadas.
BOM: Forte convição nas suas ideias.
MAU: Posições dissonantes de alguns dirigentes do partido.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Carlos Cruz pretende processar a TVI e a sua fonte



Carlos Cruz, arguido no processo Casa Pia, anunciou hoje, dia 3, a intenção processar a estação de televisão TVI e Jorge Cleto, antigo inspector da Polícia Judiciária, por difamação.

A intenção é motivada pela reportagem difundida ontem, no Jornal Nacional, onde o antigo inspector da PJ afirmou ter estado perante uma fotografia de Carlos Cruz em práticas pedófilas. Jorge Cleto disse que viu a alegada fotografia em 1985, devido a uma investigação de furto em casa do embaixador Jorge Ritto, também arguido do processo Casa Pia.


Carlos Cruz afirma ser tudo mentira, defendendo não existir fotografia e nunca ter estado em casa de Jorge Ritto. O apresentador afirma, ainda, que nunca teve qualquer tipo de prática pedófila, pederasta ou homossexual. “Sou um heterossexual muito bem realizado ao longo da vida e muito feliz", adiantou.


Sobre Jorge Cleto, Carlos Cruz declarou ser um senhor que esteve preso por burla e foi expulso da Polícia Judiciária, e não ter credibilidade alguma. No entanto anuncia: "Processarei todas as pessoas que me difamarem publicamente e cuja difamação ultrapasse os limites daquilo que é normal ao nível da insinuação. Pessoas que insinuem passam-me ao lado, pessoas que me difamem, nomeadamente através dos órgãos de comunicação social, vão ter de responder por isso", acrescentou.

A estação de televisão será acusada de apresentar parte da entrevista de Jorge Cleto sem garantir a sua veracidade. Acusada será também a pivot Manuela Moura Guedes por citar o nome de Carlos Cruz.